Novo insight traz novas idéias... O insight brota em frações de segundo e é preciso agarrá-lo para que ele não saia voando feito uma borboleta. Quando eu consigo aprisioná-lo, aí sim a idéia é extraída e o blog tem continuidade. Percebam então quão árdua é essa tarefa de escrever e, de alguma forma, expôr emoções aprisionadas no peito... Mais ainda de manter um blog em funcionamento..... Mas eu gosto disso! Uma das poucas coisas que tem me dado prazer nesses últimas dias...
Estava escrevendo a uma amiga-irmã da Igreja e de repente, surgiu a frase: "O equilíbrio da vida não é estático e sim dinâmico"... Imediatamente me veio à lume aquelas antigas aulas de Física e de química do Colegial.... O tal do equlíbrio termodinâmico e blá-blá-blá.... Mais um monte de coisa que já não me lembro, porque nunca mais estudei depois do vestibular... Afinal, escolhi fazer Direito! Ainda assim, a idéia geral ficou aprisionada em mim e vejo que mais do que uma lei natural, é uma lei da vida!
É simples assim: uns passos firmes e retos aqui, uns tropeções acolá; uma corridinha aqui e um tombaço acolá.... Ninguém é 100% forte, intenso, luminoso o tempo todo. Alguém especial me disse que eu era um vagalumezinho, mas que estava temporariamente sem brilho, encerrado em um buraco frio e úmido e se recusando a aceitar ajuda...Nunca ouvi tamanha verdade para esse momento... E espero mesmo que seja para esse momento. Tenho receio de descobrir, em todo esse processo, que eu nunca fora um vagalume e sim, uma lagarta daquelas bem nojentas, destinada a viver nos buracos mais escuros....
Mas, enfim, voltemos à idéia de equilíbrio dinâmico. Isso me lembra um trechinho da música "O bêbado e o equilibrista", de João Bosco e Aldir Blanc:
Mas sei, que uma dor
Assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança...
Dança na corda bamba
De sombrinha
E em cada passo
Dessa linha
Pode se machucar...
Asas!
A esperança equilibrista
Sabe que o show
De todo artista
Tem que continuar...
É isso. Sinto-me uma equilibrista, tentando me manter ereta na corda bamba da vida...
Ah, sim, mais "bêbada" do que sóbria... Embrigada dessa porcaria de "pílula da felicidade". (Pura propaganda enganosa!)...
E em cada passo dessa linha, com muito medo de me estatelar de vez no chão... Se bem que já tão ferida e doída que a dor de tombar no chão não seria tão diferente...
Enquanto isso, eu espero que no trajeto dessa corda bamba, eu ache alguma janelinha de verdade. Uma que se abra de verdade para mim e me faça sair em um lugar diferente do que o que atualmente vivo ... Era Mestre Machado de Assis quem dizia isso:
Descobri uma lei sublime, a lei da equivalência das janelas, e estabeleci que o modo de compensar uma janela fechada é abrir outra, a fim de que a moral possa arejar continuamente a consciência"
Tomara que ele esteja certo.... Tomara que a sublime lei da equivalência das janelas seja também uma lei da vida. Alguém já provou?
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