terça-feira, 30 de junho de 2009

Estamos do mesmo lado




"Você não vê, que estamos do mesmo lado?!
Eu e você, buscando o nosso espaço
Nessa colina e sem morfina pra esquecer...
Você não vê, que estamos do mesmo lado?!
Eu e você, buscando o nosso espaço.
Nessa colina e sem morfina pra esquecer.
Nessa casa de madeira fria
Quantas vezes procuro alegria
Tantos olhos que não vejo olhando agora.
O herói que viveu a essa história."


Casa de madeira - Danni Carlos



Ouvi essa canção recentemente.... Parece que foi composta por Danni Carlos e mais alguém no reality show "A Fazenda" da Record. A par da minha opinião pessoal desse tipo de programa, não pude deixar de apreciar a letra daquela música...

Ela faz sentido no contexto de confinamento daquela casa... Mas também fiquei com a impressão de que ela faz todo sentido na minha vida. Eu gostaria de cantar essa música para vc, quebrar as barreiras que existem entre nós de uma forma abrupta e te mostrar que estamos do mesmo lado, sempre vendo os fatos da vida de um mesmo ângulo ou similar....Queria tanto que vc soubesse disso. Será que um dia isso vai acontecer?

domingo, 28 de junho de 2009

Eu, Alice no País das Maravilhas


"One day Alice came to a fork in the road and saw a Cheshire cat in a tree. "Which road do I take?" she asked. "Where do you want to go?" was his response. "I don't know," Alice answered. "Then," said the cat, "it doesn't matter." - Lewis Carroll (1832-1898)


Esse trecho do livro de Carroll, "Alice no País das Maravilhas", apareceu hoje no gadget "Quotations" do meu blog. Pus-me a refletir sobre isso. O mais engraçado desse livro e de tantos outros sopostamente voltados para o mundo infanto-juvenil é que eles não são de criança! Eles contém mensagens muito profundas, não assimiláveis até por muitos adultos.

Eu mesma não tinha experimentado muito a sensação de não saber por onde ir, que estrada pegar... Perguntada sobre os rumos que tomariam a minha vida, no passado, tinha a estranha mania de declamá-los sem hesitação. A resposta estava na ponta da e língua... Como se o futuro pudesse ser milimetricamente traçado e executado com toda a perfeição de detalhes...

Pois bem...

Os últimos 4 anos da minha vida me mostraram o diametralmente oposto... Não apenas fiquei muitas vezes sem saber que rumo tomar (quer dizer, ainda não sei...), como também tomei vários caminhos que se mostraram equivocados...

Tomei caminhos agradabilíssimos, nos quais pude contemplar o nascer do sol e as mais lindas paisagens, mas que, no seu decorrer, foram se tornando cinzentos, amedrontadores e duvidosos...

Tentei tomar atalhos que, no final, não me conduziram a lugar algum...

Tomei veredas que me conduziram a pântanos e encheram as minhas vestes de carrapichos.... Me machuquei, sangrei e ainda tento tirá-los de mim...

Quantas vezes tomei uma estrada bifurcada e quantas outras vezes fiz o trajeto errado e não consegui retornar....

Não me refiro exatamente a pessoas específicas.... Foram todas sensações experimentadas dentro de mim....

Hoje, estou aqui, não particularmente perdida, mas estagnada, parada, refletindo sobre tantas possibilidades que se desdobram na minha vida.

Almejo conhecer novos lugares, almejo experimentar sabores nunca apreciados pelo meu paladar, escutar novos ritmos (como eu amo essa parte!), tomar contato com escritos que nunca imaginei ler...

Enfim, almejo conhecer as pessoas especiais que encontro nesse mundo virtual e tantas outras....

Quero tanto ajudar, formar vínculos, construir relacionamentos, embora não saiba muito bem por onde...

Percebo que o coração de muitas pessoas é semelhante a estradas não desbravadas, lugares onde as matas cresceram e simplesmente bloquearam toda a bela visão que poderíamos ter. Ao longe, eu fico tentando vislumbrar um lugarzinho por onde eu possa penetrar...

A única certeza nesse caminho incerto é que Deus nunca me deixou. Ainda que eu tenho ido muito longe, ultrapassado os limites que me eram permitidos e andado por estradas sinuosas e pedregosas, eu sei que o meu Deus nunca me abandonou. Embora o meu coração tenha se enganado quanto a tantas coisas, a minha bússola interior, magnetizada pelo Reino de Deus que habita dentro de mim, nunca falhou.... Pelo contrário, ela me reconduziu aos primeiros caminhos, nos altos lugares, nos quais Yaweh me aguardava para mostrar tudo o que Ele me preparou...

Acho que é isso.

Eu posso não saber, ao certo, tudo o que me aguarda...

Posso desejar carreiras, pessoas, posições, etc....

Posso às vezes experimentar um vazio dolorido e solitário como nessas tardes de domingo...

Mas eu quero e preciso crer que o meu Deus tem me preparado a melhor escolha dos meus caminhos!

sábado, 27 de junho de 2009




Como é que a gente pode se sentir assim por alguém que nunca viu na frente? Eu não tenho essa resposta...
Ter lido um pouco das suas digressões, das suas sacadas e me fez ver que a gente não é assim tão diferente...
Eu tb às vezes fico sem saber para onde ir, me pergunta sobre a razão da minha vida, o que Deus espera de mim....
Eu tb me sinto triste, amargurada pelos rumos que as coisas tomam na vida, receosa em tomar decisões...
Eu tb pareço viver num estado de letargia, uma meia vida e me pergunto sobre a grande paixão da minha vida...
Vê? Eu vivo grande parte dos seus dramas... Todos os seres humanos já experimentaram essas dúvidas e vc poderia pensar que não tem nenhum grande elo, nenhuma afinidade... Porém, eu digo: temos muitas.... Eu não apenas faço perguntas existenciais semelhantes, como também encontro respostas bastante próximas às suas, quando as encontro, é verdade...
Dor... Que paradoxal sentimento esse....
Corrói, mas vivifica....
Separa, mas nos une....

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Inquietude+Sandice


Não é só a inquietude que me consome... A sandice também.... Só alguém tão insano como eu - ou tão ingênuo - poderia acreditar em certas coisas...
Por que é que um dia eu fui saber da sua existência?
Por que um dia me tiraram da minha "cega e ignorante paz" e me falaram de vc?
Por que eu tenho a ingênua mania de acreditar que tudo o que vc escreve se refere à minha pessoa?
Por que eu não consigo te tirar do meu pensamento, se eu nem sei direito quem ou como vc é?
Por que me sinto tão atraída pela sua dor?
E eu fico aqui. Aguardo um email, um scrap, enfim, algum milagre que desça dos céus e transforme a todos nós....
Se é mesmo que vc existe... Ou se faz parte do meu próprio mundinho virtual. Insano. Ilógico. Irracional.
Sei que um dia vou ler isso e ter vergonha do que escrevi aqui. Do que de alguma forma expus. Vou apertar a tecla F...
Ou talvez um dia eu leia isso e dê algumas boas risadas com vc e te diga o quanto eu fui boba por pensar que vc nunca me quis....

Quando esse dia irá chegar?

Inquietude



A inquietude corrói o meu ser...
As marcas são visíveis por dentro e por fora.
Por que estou tão obcecada?
Por que clico incessamente nos botões que me levam até alguém que, embora assuma até uma forma exterior definida, é etéreo, desconhecido e distante?
Sinceramente, não consigo achar o tom em que vc vibra...
Quem é que eu tanto procuro e não encontro?
Será que vc é apenas um conceito, uma ideia vaga e fluida?
Será que você só existe dentro de mim em forma de interrogação?

terça-feira, 16 de junho de 2009

Passado, presente e futuro: tempo verbal ou horizontal?



Saudade do que não se viveu e de quem não se conhece...
É possível? Talvez sim, talvez não...
Mas isso pode ser a esperança de dias melhores.
Machado de Assis nos brinda com esse excelente poema, com o mesmo engenho dos escritos em prosa... Eles definem muito bem o que foi, o que é e o que será....



Dois horizontes fecham nossa vida:
Um horizonte, — a saudade
Do que não há de voltar;
Outro horizonte, — a esperança
Dos tempos que hão de chegar;
No presente, — sempre escuro,
—Vive a alma ambiciosa
Na ilusão voluptuosa
Do passado e do futuro.
Os doces brincos da infância
Sob as asas maternais,
O vôo das andorinhas,
A onda viva e os rosais.
O gozo do amor, sonhado
Num olhar profundo e ardente,
Tal é na hora presente
O horizonte do passado.
Ou ambição de grandeza
Que no espírito calou,
Desejo de amor sincero
Que o coração não gozou;
Ou um viver calmo e puro
À alma convalescente,
Tal é na hora presente
O horizonte do futuro.
No breve correr dos dias
Sob o azul do céu, — tais são
Limites no mar da vida:

Saudade ou aspiração;
Ao nosso espírito ardente,
Na avidez do bem sonhado,
Nunca o presente é passado,
Nunca o futuro é presente.
Que cismas, homem? — Perdido
No mar das recordações,
Escuto um eco sentido
Das passadas ilusões.
Que buscas, homem? — Procuro,
Através da imensidade,
Ler a doce realidade
Das ilusões do futuro.


terça-feira, 2 de junho de 2009

Autodefinição atual




Ta aí. Como a apatia e a preguiça tomam conta de mim, vou postar a melhor definição do meu eu dos últimos tempos que eu já encontrei por aí...


Ainda bem que pessoas são pessoas e sentem a mesma sorte de sentimentos (descupem pelo pleonasmo!).. Ainda bem que há mundos próximos, que não são separados por galáxias, mas por apenas alguns anos-luz...


Nenhuma verdade me machuca
Nenhum motivo me corrói
Até se eu ficar Só na vontade Já não dói
Nenhuma doutrina me convence
Nenhuma resposta me satisfaz
Nem mesmo o tédio
Me surpreende mais
Mas eu sinto
Que eu tô viva
A cada banho de chuva
Que chega molhando meu corpo.
Nenhum sofrimento me comove
Nenhum programa me distrai
Eu ouvi promessas
E isso não me atrai
E não há razão que me governe
Nenhuma lei prá me guiar
Eu tô exatamente aonde eu queria estar
Mas eu sinto que eu tô viva
A cada banho de chuva
Que chega molhando meu corpo...
A minha alma nem me lembro mais
Em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou
Mas, já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Faz algum tempo...
A minha alma
Nem me lembro mais
Em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou
Mas eu não tenho pressa
Já não tenho pressa
Eu não tenho pressa
Não tenho pressa



Pitty - Déjà Vu