domingo, 29 de novembro de 2009

Plenitude




Sabe de uma coisa? Estou com sede de uma vida plena.

Quero uma vida só minha... Uma história própria, que eu mesma escreva. Uma história em que não haja gente falsa, gente negativa, gente nociva e gente que não saiba amar...

Não quero mais tentar me encaixar na minha vida de ninguém. Implorar para que me deixem entrar, para que me deixem ficar, pedir adaptações, etc. Existe uma grande diferença entre ter um lugar reservado, especial para mim e ter de criar, abrir um novo espaço que se adapte a mim.

Quero a minha vida com toda a plenitude que possa ser alcançada.

Quem tem razão é a Rita...


"Um belo dia resolvi mudar
E fazer tudo o que eu queria fazer
Me libertei daquela vida vulgar
Que eu levava estando junto a você

E em tudo que eu faço
Existe um porquê

Eu sei que eu nasci
Sei que eu nasci pra saber

E fui andando sem pensar em voltar
E sem ligar pro que me aconteceu
Um belo dia vou lhe telefonar
Pra lhe dizer que aquele sonho cresceu

No ar que eu respiro, uu
Eu sinto prazer

De ser quem eu sou
De estar onde estou

Agora só falta você, iê, iê
Agora só falta você, aaa...
Agora só falta você, iê, iê
Agora só falta você, au!"

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

"Me cansei de lero-lero
Dá licença mas eu vou sair do sério
Quero mais saúde
Me cansei de escutar opiniões
De como ter um mundo melhor
Mas ninguém sai de cima
Nesse chove-não-molha
Eu sei que agora
Eu vou é cuidar mais de mim!


Como vai, tudo bem
Apesar, contudo, todavia, mas, porém
As águas vão rolar
Não vou chorar
Se por acaso morrer do coração
É sinal que amei demais
Mas enquanto estou viva
Cheia de graça
Talvez ainda faça
Um monte de gente feliz!"


(Rita Lee / Roberto Carvalho)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O ciclo tarda, mas não falha...



Eu sabia que um dia o ciclo da vida viria cobrar essa fatura. E agora eu pago essa conta altíssima pelo meu atraso no viver a vida, no viver cada fase tal como tem de ser. Nesse processo todo, é inevitável ver correr o tempo....

Sabe, quando eu entrei na adolescência, queria ser muito madura, muito adiantada para meu tempo. Resultado: bitolei. Comecei a namorar muito cedo. Assumi um relacionamento que deveria ser apenas para experimentar, para ver como era, como algo sério e definitivo em minha vida. Pura pressão social. Hoje eu vejo isso.

Foram mais de 7 anos. Felizmente, eu acordei e vi que havia um corte abissal que separava nossos mundos. Não vou dizer que eu não aprendi nada. Mas foram anos e anos em relação aos quais posso afirmar que, no campo das emoções e relacionamentos, foram pouco produtivos. Estáticos. Mórbidos. Como se tivesse deixado de viver mesmo.

Isso se manifestou em todos os outros relacionamentos amorosos que eu tive. De maneira mais forte no relacionamento de quase 4 anos que tive. É como se eu quisesse ser uma AMÉLIA para esses poucos homens que "tive", a mulher perfeita, que faz tudo, entende de tudo, conversa de tudo, sara todas as feridas e oferece um ombro amigo sempre que necessário. Não sei se sempre eu consegui isso, mas, no fundo, era sempre o que estava no meu coração. Inconscientemente.

Mas, chegou um momento que não consegui levar adiante isso. Desmoronei. Pirei no nº3. E nunca mais achei meu rumo....

Junto disso vêm outras questões. P.ex. desde muito cedo, me senti compelida a fazer uma escolha de religião, de crença. Não é a crença em si que bota medo; é o jeito das pessoas a encararem que põe tudo a perder. E eu, mais uma vez, movida por essa "vibe", me senti na obrigação de ser modelo nessa seara, assumindo cargos de responsabilidade, querendo ajudar a mover as engrenagens desse sistema. Muitas vezes, até de maneira solitária.

Na questão intelectual, então, isso é ainda pior. Não adianta. Eu sou assim mesmo. Mas, quando eu estava no ginásio, eu me desapontava comigo mesma porque não havia tirado uma nota máxima. Uma vez, cheguei a ficar doente porque não me sentia preparada para enfrentar a prova e tirar 10. Quantas vezes eu chorei, me descabelei por essas questões. E as coisas vão tomando uma proporção maior à medida que você avança para o mundo adulto. Vocês podem imaginar como não foi meu período de vestibular, como não foi cada prova na faculdade, etc, etc. Claro que eu não podia me exigir o mesmo grau de perfeição dos tempos primários, porque se assim fosse, nem aqui eu estaria para fazer essa análise. O meu nível de exigência baixou um pouco, p.ex. não me sentia na obrigação de tirar a nota máxima, mas ainda assim, de ser uma das melhores alunas da sala.

Hoje, isso se repete. No mundo feroz dos concursos, eu esperava que iria passar logo. No meu primeiro concurso a sério, eu cheguei bem próximo disso. E não passei. EU NÃO PASSEI. Essas palavras têm um peso absurdo para mim... Muitos fracassos. Quase nada ou nada de sucesso nessa seara. E aqui estou hoje meio que parada, inutilizada, tentando achar meu papel no mundo.

Escutei minha mãe dizendo esses dias ao meu pai: "Que USP, que nada. De que isso adiantou?". De fato, de que isso adiantou? Lembram-se dos mais felizes e equilibrados na vida ou dos mais bitolados?

Outro dia também, ao telefone, ela disse para alguém mais ou menos isso: "Meu filho, em quem eu não punha muita fé, me saiu um homem de caráter, de fibra, maduro, etc. Já minha filha, em quem apostávamos todas as fichas....". Em outras palavras, a promessa do sucesso não se concretizou. Malogrou.

É engraçado isso. A garota que tinha certeza de tudo não tem mais certeza de nada. Eu evitei a dúvida e hoje ela me persegue. TENHO CULPA...


Por que é que eu quero demonstrar tanta perfeição para as pessoas?
Por que eu quero ser modelo de tudo?

Vejam vocês que eu tenho um problema com a perfeição: eu não sei administrá-la. No afã de persegui-la, eu não vivi várias coisas que deveria ter vivido; não passei por várias fases naturais...

Essa vontade de ser superior me afastou das pessoas. Tanto isso é verdade que eu não sei se tenho amigos de verdade. Tenho sim vários conhecidos, contatos, pessoas com as quais eu me divirto, dou risadas, troco algumas ideias. Nada mais do que isso. Eu não conheço o significado da palavra AMIGO, porque eu nunca tive quem fizesse esse papel para mim.

Acima de tudo, EU NÃO APRENDI A PERDER. EU NÃO APRENDI QUE A MORTE FAZ PARTE DO CICLO DA VIDA, ASSIM COMO OS FRACASSOS DO CICLO DO SUCESSO. E hoje, o fantasma do perfeccionismo vem me assolar.

De onde vem essa necessidade de querer parecer um prodígio? Um milagre da natureza?
O perfeccionismo fez explodir a minha panela de pressão interna. Explodi nos relacionamentos; explodi no intelecto; explodi na vida. E hoje eu estou aqui, juntando os caquinhos. E ao me reconstruir, aos poucos eu me desconstruo.... E vou me virando do avesso. E me tornando cada vez mais ASSIMÉTRICA.


Às favas com AMÉLIA.
Às favas com garotas prodígios. Pequenos Einsteins da vida.
Às favas com essa perseguição infindável do SUCESSO.

Perfeccionismo é coisa de menininha tocadora de piano, como dizia o grande Nelson Rodrigues. Às favas com o perfeccionismo!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Somos quem podemos ser.. Sonhos que podemos ter...




Amo essa letra dos Engenheiros do Hawaii.


"Um dia me disseram
Que as nuvens
Não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos
Às vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração...

A vida imita o vídeo
Garotos inventam
Um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez...

Somos quem podemos ser...
Sonhos que podemos ter...

Um dia me disseram
Quem eram os donos
Da situação
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem
Essa prisão
E tudo ficou tão claro
O que era raro, ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia, um dia comum...

A vida imita o vídeo
Garotos inventam
Um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez...

Somos quem podemos ser...
Sonhos que podemos ter...


Um dia me disseram
Que as nuvens
Não eram de algodão
Um dia me disseram que os ventos às vezes erram a direção
Quem ocupa o trono
Tem culpa
Quem oculta o crime
Também
Quem duvida da vida
Tem culpa
Quem evita a dúvida
Também tem...

Somos quem podemos ser...
Sonhos que podemos ter..."

Florais





Olha o que a minha médica homeopata/acupunturista me passou para tomar.
Vamos lá....:


* HOLLY - (Ilex Aquifolium)
Para estados de sensibilidade excessiva a influências e opiniões. Para qualquer estado emocional negativo, sentido intensamente: ciúme, raiva, ódio, inveja, ambição desmedida, agressividade, entre outros.

MATÉRIA MÉDICA REPERTORIAL
Desaforos; Afrontas; Atormentado por ciúme; Insatisfeito com a vida por inveja; Desejo de vingança; Ódio por via de ciúme; Ciúme patológico; Sensível a insultos; Desejo de violência; Desconfiado; Ambição descontrolada.


* IMPATIENS (Impatiens Grandulifera)
Para estados de solidão. Indicado para pessoas impacientes, que preferem trabalhar sozinhas para não terem de suportar a lentidão dos outros. De qualquer modo, querem sempre fazer tudo rapidamente e exigem o mesmo dos outros.

MATÉRIA MÉDICA REPERTORIAL
Impaciência e irritabilidade; Prefere trabalhar sozinho a trabalhar em grupo, para poder determinar o seu ritmo; Pressa; Pensa e fala rapidamente; Antes de começar um trabalho, já o queria ver terminado; Trabalha ou executa tarefas debaixo de uma tensão intensa; Hesita muito pouco; É capaz e muito eficiente; Detesta perder tempo; Os outros parecem-lhe demasiado lentos; Tem tendência a apressá-los, sem condescendência; Tem autoconfiança; Não gosta de companhia; Esforça-se de modo violento, de molde a que os outros ficam incapacitados de o acompanhar, o que o irrita; Violento.



* STAR OF BETHLEHEM (Ornithogalum Umbellatum)

Para estados de desalento ou desespero. Para casos de choque traumático, más notícias, perda de entes queridos. Também para aqueles que num determinado período da sua vida, se recusam a ser consolados.

MATÉRIA MÉDICA REPERTORIAL
Trauma recente ou antigo; Angustiado por más notícias; Choque traumático; Acidente; Susto; Luto; Recusa em ser consolado; Agrava os seus sintomas o facto de ser consolado; Depressão; Tristeza.


* OLIVE (Olea Europaea)
Para estados de falta de interesse pelas circunstâncias actuais. Para os que sofrem de total exaustão física e mental. São pessoas tão esgotadas, que lhes faltam as forças para fazer seja o que for. Carência de energia vital.

MATÉRIA MÉDICA REPERTORIAL
Exaustão física e mental; Exaustão por excesso de trabalho; Exaustão por doença prolongada; Não tem nenhum ou quase nenhum prazer na vida; Fadiga extrema; Grande necessidade de dormir; Está tão exausto que não se consegue interessar por nada.

Fonte: www.josemaria.blosgpot.com



Espero que resolva. Tem sido dias difíceis.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Quem sabe faz a hora não espera acontecer



Cansei da monotonia. Cansei da letargia. Cansei das reclamações da vida: que a vida é uma merda, que a vida é isso ou a vida é aquilo. Cansei do mau-humor. Cansei da fossa.

Cansei da minha vida tal como está. Muito claustrofóbica. Parece que vivo num regime de semi-liberdade. A verdade é que eu contribuo em muito para ela ser assim. Preciso sair mais. Me divertir mais. Rir mais. Viajar mais. Dormir menos. Dar um grande foda-se para tudo. Liberar mais endorfina.

Não quero mais esperar. Eu não sei ao certo pelo que espero.
Esperar o quê? Um scrap. Um email. Uma atualização de blog. Um sinal mínimo de afetividade. Uma migalha que cai da mesa. Um aceno de felicidade. Algo que talvez só esteja na minha fértil imaginação. Uma varinha de condão. Pautar a vida nesse mundo virtual e dessa forma é pura sandice.

Esperar por quem? Alguém que nunca virá como eu imagino. Alguém que não está nem aí para mim ou para a vida.

Não, não, não. É desperdiçar muito por tão pouco. Felizmente, estou superando o complexo de Cinderela.... Não quero depender de ninguém para ser feliz. Quero ser auto-suficiente apenas em Deus.

Preciso fazer a minha parte, porque a vida está passando e sinto que disperdicei grande parte dela com essas lamúrias e com essas esperas.

Chega! Quem sabe faz a hora não espera acontecer...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Auto-sabotagem



Muito bem. Parabéns para mim. Mais uma vez eu consegui me superar... Me auto-sabotei novamente no que diz respeito a concursos. Esqueci de mandar a porra da documentação do concurso para o RJ, depois de ter pago o valor. Inscrição indeferida. Perfect!

Deixei uma passagem aérea vencer também. Não viajei, não aproveitei nada e não resgatei o valor. Great! Toca ouvir minha mãe falar no meu ouvido.

Embora eu esteja melhor (sim, eu consigo sair da cama, pelo menos), sinto que a confusão mental ainda tenta me pegar. Estou tentando manter a calma e a serenidade, mas sinto que vou surtar a qualquer tempo. É muita pressão e cobrança. Sei lá, talvez isso não exista e eu esteja enxergando coisas que não existem em todos os lugares.

Sabe, estou precisando urgentemente de uma analista. Meu alarme de autosobrevivência está disparado, soando aos meus ouvidos incessante e insuportavelmente. Preciso me ver livre das coisas que complicam minha vida. Infelizmente, não posso ajudar ninguém nesse momento. Não quero compreender. Não quero esperar. Não posso. Não quero me envolver. Preciso cuidar de mim e da minha cuca antes que elas fundam. De novo...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O Tempo

Salvador Dali - Tempo


O Tempo é um negócio impressionante. É quase uma entidade criada por Deus, com autonomia própria e poderes mágicos. E é bem capaz que o danado do Tempo não seja linear mesmo... Deve ter criado realidades paralelas, nas quais uma mesma pessoa viva múltiplas possibilidades de ação/reação...

Será que tem uma outra Gita sorrindo, vivendo um momento de plena felicidade, numa realidade X ?
Será que tem uma Gita mais triste numa realidade Y?
Será que na realidade Z, Gita está enroscada no corpo do seu amor, cochilando entre a bagunça dos lençóis?

Não sei.... Nessa realidade aqui que vivemos, Gita não está triste, nem feliz; esá num momento de êxtase reflexivo.
Gita está um pouco alta com as 2 latas de cerveja que bebeu.
Gita está tendo altas sacadas e uns pensamentos como esse e refletindo sobre tudo o que vivenciou hoje. Está pensando também no que viveu na última semana.
Tudo isso no embalo de uma música maravilhosa, do Ney Matogrosso que se chama "Novamente":


"Me disse vai embora, eu não fui
Você não dá valor ao que possui
Enquanto sofre, o coração intui
Que ao mesmo tempo que magoa o tempo
O tempo flui
E assim o sangue corre em cada veia
O vento brinca com os grãos de areia
Poetas cortejando a branca luz
E ao mesmo tempo que machuca o tempo me passeia

Quem sabe o que se dá em mim?
Quem sabe o que será de nós?
O tempo que antecipa o fim
Também desata os nós
Quem sabe soletrar adeus
Sem lágrimas, nenhuma dor
Os pássaros atrás do sol
As dunas de poeira
O céu de anil no pólo sul
A dinamite no paiol
Não há limite no anormal
É que nem sempre o amor
É tão azul

A música preenche sua falta
Motivo dessa solidão sem fim
Se alinham pontos negros de nós dois
E arriscam uma fuga contra o tempo
O tempo salta"



Deus deve olhar lá de cima e se rir com as coisas que nós, suas criaturas, pensamos... Eita criaturinha frágil...

Someday we´ll know...




"E acabamos por achar que (tempo e morte) decidiram bem porque o mais fácil de resolver é sempre o não resolver ..."
(Vergílio Ferreira)


Porém, acho que nesse caso, o tempo, o breve tempo se encarregou de me mostrar as coisas e decidir.

O coração da gente diz coisas baixinho, quase num sussurro. Só quando a alma está em paz, somos capazes de ouvir os ensinamentos da "Mulher Selvagem". E por que a gente teima em ir em frente?

Poderia ser um instinto autodestrutivo que nos move rumo aos desfiladeiros, teimando em nos empurrar lá de cima.

Mas, poderia pensar num instinto de vida também, que nos impulsiona a ter certas experiências a vivenciar certos fatos em busca do pulsar dos sentimentos e das emoções..

Não tenho respostas para essa pergunta. Apenas conjecturo. É o que melhor sei fazer na minha vida.



Someday we´ll know...