Começo a escrever esse post sem saber muito bem como articular as palavras. Sem saber como explicar muito bem essa situação...
Parece um pouco insano dizer isso, mas acho que sinto uma ponta de ciúmes do meu cachorrinho. Normalíssimo seria dizer que me sinto assim em relação ao meu namorado, à minha mãe, etc. Sim, mas não vim dedicar esse post a esse tipo de ciúmes. Não, não se trata se um equívoco ou de um lapso: falo do meu cãozinho mesmo.
Luigi é um yorkshire fofinho, com uma pelagem bem preta, caramelo nas extremidades e azul aço na cabeça. Ainda é filhote: tem apenas 6 meses. Ele chegou em casa com pouco mais de 1 mês. Graças às minhas lágrimas! A solidão e a carência que consumiam naquele determinado momento me fizeram resgatar esse velho sonho de infância. Voltei a ser criança e me deram um cãozinho e um quadro, como disse um amigo meu, comentando esse fato.
Pois bem. Desde então, cuido dele.
Noites indormidas ou mal dormidas tentando consolá-lo no início, quando foi desmamado da mãe biológica e ainda hoje quando ele se encontra irriquieto com a uivação dos cães da vizinhança.
Paciência ao ministrar a papinha, de modo que ele aprendesse a comer esse tipo de alimento e depois também, cuidado e dedicação ao preparar a "ração nossa de cada dia". E ainda quando ele morde a minha mão por causa dos dentinhos nascentes ou quando ele quer chamar a minha atenção...
Coração que saltava a boca toda vez que ele se arriscava a pular de um lugar mais alto e quando ele aprendeu a subir/descer escadas.
Tempo investido em certo adestramento, de modo a ensiná-lo a fazer suas necessidades minúsculas no lugar certo (apesar que isso não adiantou de nada... ai, ai).
Orgulho e felicidade ao ver a mudança que ele operou na minha casa: ele cativou a todos, até mesmo quem não o queria, com suas lambidas, com seus chamegos, com o modo de ele pedir que lhe façam cafuné..... Até mesmo com a festa que ele faz (seguida de um xixi de emoção) toda vez que chegamos em casa!
Emoção ao vê-lo ali comigo, sentado/deitado, me esperando enquanto eu tomava banho ou fazia qualquer outra coisa em razão da qual não podia dar-lhe muita atenção. E todas as vezes que ele me segue, correndo, como se fosse uma "sombrinha" minha.... Ou ainda quando eu choro e ele lambe meu rosto....
E, principalmente, a lambida gostosa com a qual ele me desperta todas as manhãs. Sim, ele se acostumou a dormir na minha cama, aninhado comigo, enrolado no seu cobertorzinho. E todos os dias sou despertada por ele. Quando não, sei que abrirei os olhos e ele estará ali deitado, de orelha em pé, esperando que eu levante para lhe fazer festinha!
Enfim, há tantas outras coisas que poderia dizer, mas, em suma, sinto-me como um mãe e tenho-o como um filhinho. Que achem ridículo e tirem sarro de mim, mas ele tem todo o amor, carinho e dedicação que eu ministraria a uma criança humana que saísse do meu ventre.
Porque eu dedico a ele o carinho e a atenção da realização de um sonho. Eu o afago como se ele fosse um doce desejo de infância.
Pois é. Ultimamente, percebo uma mudança nesse doce comportamento dele. Ele já não me espera com tanta paciência enquanto me banho, enquanto durmo... E na noite de hoje, arranhou tanto a porta que eu tive de abri-la para deixá-lo sair do quarto. Ele quer zanzar pela casa, aninhar-se na cama dos "avós", que lhe estragam com toda a sorte de mimos e alimentos impróprios para cães (argh), apesar das minhas constantes advertências.
Levantei-me no meio da noite e ele não estava ali. Tateei a minha cama no escuro, como um cego a procura de seu cão-guia e nada encontrei. Chamei baixinho o seu nome. Andei pelas redondezas do meu quarto. Nada de encontrá-lo. Fiquei chateada, indignada, chorei....
Ao vê-lo essa manhã, fui-lhe indiferente. Fiz um pequeno sermão e disse que arranjaria outro cachorrinho. E o vi abaixar a cabecinha e nos olhinhos dele a tristeza, como se ele admitisse seu erro. Os cães entendem e sentem tudo!
Como é que uma criaturinha pode mexer tanto com a gente?
Será que não lhe dou a atenção e o carinho suficientes?
Tenho sido muito rígida?
Será que ele se tornou um adolescente rebelde que pretende literalmente deixar o "ninho materno"?
Será que sou ciumenta demais?
Sensível demais?
Louca demais?
Ou estavam anteriormente meus sentimentos suficientemente entorpecidos?
Ou talvez seja uma exagerada por pensar e conjecturar sobre essas coisas, pos afinal ele é só um cãozinho, um animal irracional...
Não tenho respostas para essas perguntas.
Só resta aqui no meu coração a tristeza por ter a sensação de me "distanciar" dele...
Parece um pouco insano dizer isso, mas acho que sinto uma ponta de ciúmes do meu cachorrinho. Normalíssimo seria dizer que me sinto assim em relação ao meu namorado, à minha mãe, etc. Sim, mas não vim dedicar esse post a esse tipo de ciúmes. Não, não se trata se um equívoco ou de um lapso: falo do meu cãozinho mesmo.
Luigi é um yorkshire fofinho, com uma pelagem bem preta, caramelo nas extremidades e azul aço na cabeça. Ainda é filhote: tem apenas 6 meses. Ele chegou em casa com pouco mais de 1 mês. Graças às minhas lágrimas! A solidão e a carência que consumiam naquele determinado momento me fizeram resgatar esse velho sonho de infância. Voltei a ser criança e me deram um cãozinho e um quadro, como disse um amigo meu, comentando esse fato.
Pois bem. Desde então, cuido dele.
Noites indormidas ou mal dormidas tentando consolá-lo no início, quando foi desmamado da mãe biológica e ainda hoje quando ele se encontra irriquieto com a uivação dos cães da vizinhança.
Paciência ao ministrar a papinha, de modo que ele aprendesse a comer esse tipo de alimento e depois também, cuidado e dedicação ao preparar a "ração nossa de cada dia". E ainda quando ele morde a minha mão por causa dos dentinhos nascentes ou quando ele quer chamar a minha atenção...
Coração que saltava a boca toda vez que ele se arriscava a pular de um lugar mais alto e quando ele aprendeu a subir/descer escadas.
Tempo investido em certo adestramento, de modo a ensiná-lo a fazer suas necessidades minúsculas no lugar certo (apesar que isso não adiantou de nada... ai, ai).
Orgulho e felicidade ao ver a mudança que ele operou na minha casa: ele cativou a todos, até mesmo quem não o queria, com suas lambidas, com seus chamegos, com o modo de ele pedir que lhe façam cafuné..... Até mesmo com a festa que ele faz (seguida de um xixi de emoção) toda vez que chegamos em casa!
Emoção ao vê-lo ali comigo, sentado/deitado, me esperando enquanto eu tomava banho ou fazia qualquer outra coisa em razão da qual não podia dar-lhe muita atenção. E todas as vezes que ele me segue, correndo, como se fosse uma "sombrinha" minha.... Ou ainda quando eu choro e ele lambe meu rosto....
E, principalmente, a lambida gostosa com a qual ele me desperta todas as manhãs. Sim, ele se acostumou a dormir na minha cama, aninhado comigo, enrolado no seu cobertorzinho. E todos os dias sou despertada por ele. Quando não, sei que abrirei os olhos e ele estará ali deitado, de orelha em pé, esperando que eu levante para lhe fazer festinha!
Enfim, há tantas outras coisas que poderia dizer, mas, em suma, sinto-me como um mãe e tenho-o como um filhinho. Que achem ridículo e tirem sarro de mim, mas ele tem todo o amor, carinho e dedicação que eu ministraria a uma criança humana que saísse do meu ventre.
Porque eu dedico a ele o carinho e a atenção da realização de um sonho. Eu o afago como se ele fosse um doce desejo de infância.
Pois é. Ultimamente, percebo uma mudança nesse doce comportamento dele. Ele já não me espera com tanta paciência enquanto me banho, enquanto durmo... E na noite de hoje, arranhou tanto a porta que eu tive de abri-la para deixá-lo sair do quarto. Ele quer zanzar pela casa, aninhar-se na cama dos "avós", que lhe estragam com toda a sorte de mimos e alimentos impróprios para cães (argh), apesar das minhas constantes advertências.
Levantei-me no meio da noite e ele não estava ali. Tateei a minha cama no escuro, como um cego a procura de seu cão-guia e nada encontrei. Chamei baixinho o seu nome. Andei pelas redondezas do meu quarto. Nada de encontrá-lo. Fiquei chateada, indignada, chorei....
Ao vê-lo essa manhã, fui-lhe indiferente. Fiz um pequeno sermão e disse que arranjaria outro cachorrinho. E o vi abaixar a cabecinha e nos olhinhos dele a tristeza, como se ele admitisse seu erro. Os cães entendem e sentem tudo!
Como é que uma criaturinha pode mexer tanto com a gente?
Será que não lhe dou a atenção e o carinho suficientes?
Tenho sido muito rígida?
Será que ele se tornou um adolescente rebelde que pretende literalmente deixar o "ninho materno"?
Será que sou ciumenta demais?
Sensível demais?
Louca demais?
Ou estavam anteriormente meus sentimentos suficientemente entorpecidos?
Ou talvez seja uma exagerada por pensar e conjecturar sobre essas coisas, pos afinal ele é só um cãozinho, um animal irracional...
Não tenho respostas para essas perguntas.
Só resta aqui no meu coração a tristeza por ter a sensação de me "distanciar" dele...
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