Pedirei licença para usar meu blog como confessionário. Quem não tiver vocação para atuar como padre, por favor, que me dê licença... Afinal, parece que aqui é um dos poucos lugares onde posso expressar minhas opiniões e sentimentos sem a sensação de censura constante....
A confissão que preciso fazer é acerca de discursos e discussões saudáveis e produtivas.
É incrível como as pessoas não querem discutir o sistema. Pessoas ordinárias são dogmáticas; elas não gostam da zetética.
Por isso, parece ser uma grande heresia questionar qualquer fundamento de nosso sistema para algumas pessoas. Digo isso para pessoas de minha família, que são sangue do meu sangue.
Não se pode discutir sistema educacional; não se pode falar sobre quão deploráveis são certas universidades particulares, mais preocupadas em auferir renda do que propriamente em formar um profissional.
Não se pode mencionar que UNIVERSIDADE, no seu sentido originário e verdadeiro, não é destinada a qualquer pessoa. Como se todo mundo gostasse de estudar, se aprofundar, fazer análises e digressões. Se nem na Europa o é, por que aqui haveria de ser diferente? Podem achar muito politicamente incorreto, pouco democrático o que estou dizendo, mas é a pura verdade. Encaremos os fatos.
Não se pode mencionar que novidades acadêmicas são transportadas para o nosso sistema tupiniquim sem a menor adaptação! É pecado bradar contra as cotas raciais; contra os MBAs, blá, blá, blá.
É pecado dizer que você não se conforma com esse sistema de coisas. Aqui vou muito além de uma análise de sistema educacional. Vou contra essa merda de capitalismo. Podem achar que esse discurso está muito batido, que virou chavão... Não me interessa, pois é o que verdadeiramente eu sinto: um inconformismo diário em relação a um mundo em que pessoas são medidas pelo que têm, pelo que ganham, por quanto podem gastar, pelo tanto que consomem.
Estou cansada de pensar em mim como um número, um investimento que meus pais fizeram. Se der resultado (no caso, se passar no concurso), valeu; se não, foi dinheiro e tempo perdidos.
Estou cansada de ver por aí uma concepção totalmente equivocada de Cristianismo: o Cristianismo como um jogo de tudo ou nada. Se você fizer tudo certinho, ganha "céu", vida eterna, salvação; se não, peeeerdeu, meu irrrrmão... Condenação e chamas para vc, falou?! Como se o Cristianismo pudesse ser pensado segundo os parâmetros humanos, de ganhar ou perder; como se o AMOR não fosse o pilar do mundo espiritual.....
Quanto vale o tempo para você?
Quanto vale o AMOR?
E as pessoas, valem? Qual é a medida das pessoas?
A par do teor dessas reflexões aqui lançadas, o que mais me espantou foi a voracidade com a qual expus muitas dessas idéias. Faíscas cripitavam nos meus olhos e um pouco de insanidade embebia minhas palavras, gestos e reações. Uma insanidade leve misturada à ironia, ao sarcasmo e ao humor infame... Uma combinação explosiva, caríssimos.
Já se sentiram assim alguma vez na vida? Vocês não têm a impressão de que a loucura mora bem perto da paixão por alguém, por idéias, por discursos? É, pois eu diria que são quase vizinhas... Mais do que isso: devem ser irmãs.
A minha atitude chocou aqueles que estavam assentados àquela mesa. "Todos acharam horrível o que você disse", me disseram depois. Mas penso que cumpri meu propósito: eu queria mesmo chocar, dar um grito de inconformismo, expôr minhas idéias por mais insanas que elas pareçam.
Conjecturando:
Talvez isso seja um sintoma de desequilíbrio mental...
A confissão que preciso fazer é acerca de discursos e discussões saudáveis e produtivas.
É incrível como as pessoas não querem discutir o sistema. Pessoas ordinárias são dogmáticas; elas não gostam da zetética.
Por isso, parece ser uma grande heresia questionar qualquer fundamento de nosso sistema para algumas pessoas. Digo isso para pessoas de minha família, que são sangue do meu sangue.
Não se pode discutir sistema educacional; não se pode falar sobre quão deploráveis são certas universidades particulares, mais preocupadas em auferir renda do que propriamente em formar um profissional.
Não se pode mencionar que UNIVERSIDADE, no seu sentido originário e verdadeiro, não é destinada a qualquer pessoa. Como se todo mundo gostasse de estudar, se aprofundar, fazer análises e digressões. Se nem na Europa o é, por que aqui haveria de ser diferente? Podem achar muito politicamente incorreto, pouco democrático o que estou dizendo, mas é a pura verdade. Encaremos os fatos.
Não se pode mencionar que novidades acadêmicas são transportadas para o nosso sistema tupiniquim sem a menor adaptação! É pecado bradar contra as cotas raciais; contra os MBAs, blá, blá, blá.
É pecado dizer que você não se conforma com esse sistema de coisas. Aqui vou muito além de uma análise de sistema educacional. Vou contra essa merda de capitalismo. Podem achar que esse discurso está muito batido, que virou chavão... Não me interessa, pois é o que verdadeiramente eu sinto: um inconformismo diário em relação a um mundo em que pessoas são medidas pelo que têm, pelo que ganham, por quanto podem gastar, pelo tanto que consomem.
Estou cansada de pensar em mim como um número, um investimento que meus pais fizeram. Se der resultado (no caso, se passar no concurso), valeu; se não, foi dinheiro e tempo perdidos.
Estou cansada de ver por aí uma concepção totalmente equivocada de Cristianismo: o Cristianismo como um jogo de tudo ou nada. Se você fizer tudo certinho, ganha "céu", vida eterna, salvação; se não, peeeerdeu, meu irrrrmão... Condenação e chamas para vc, falou?! Como se o Cristianismo pudesse ser pensado segundo os parâmetros humanos, de ganhar ou perder; como se o AMOR não fosse o pilar do mundo espiritual.....
Quanto vale o tempo para você?
Quanto vale o AMOR?
E as pessoas, valem? Qual é a medida das pessoas?
A par do teor dessas reflexões aqui lançadas, o que mais me espantou foi a voracidade com a qual expus muitas dessas idéias. Faíscas cripitavam nos meus olhos e um pouco de insanidade embebia minhas palavras, gestos e reações. Uma insanidade leve misturada à ironia, ao sarcasmo e ao humor infame... Uma combinação explosiva, caríssimos.
Já se sentiram assim alguma vez na vida? Vocês não têm a impressão de que a loucura mora bem perto da paixão por alguém, por idéias, por discursos? É, pois eu diria que são quase vizinhas... Mais do que isso: devem ser irmãs.
A minha atitude chocou aqueles que estavam assentados àquela mesa. "Todos acharam horrível o que você disse", me disseram depois. Mas penso que cumpri meu propósito: eu queria mesmo chocar, dar um grito de inconformismo, expôr minhas idéias por mais insanas que elas pareçam.
Conjecturando:
Talvez isso seja um sintoma de desequilíbrio mental...
Ou talvez tenha sido apenas um desabafo. Alguns quebram pratos, copos, vasos; eu, porém, tentei quebrar paradigmas...
Quem sabe seja sinal de uma maturidade que aflora...
Ou talvez seja prova de que eu não cresci... Que a adolescente que não manifestou sua rebeldia no tempo adequado o fará serodiamente....
That´s it, folks!
Agora, peço a absolvição dos meus pecados!
Temos o poder da palavra.
ResponderExcluirSe nos calarmos, as pedras gritarão!
S2 !