Estou num período de autoconhecimento. Talvez como nunca estive antes.
A máscara rompeu-se, a capa caiu e assim pude saber quem realmente sou. Isso é ótimo, facilita muito as coisas, mas não deixa de ser assustador.
Conhecer a si mesmo depende de esforço e persistência, mas admitir quem somos requer muito mais que isso. É preciso muita coragem para se encarar diante do espelho da vida.
E assim tem sido para mim. Por isso que talvez a caminhada esteja sendo um pouco ingrime. Ainda assim estou aprendendo a ser feliz.
Bem, é a força do Centauro. Não tenho como negar. Tenho em mim o gérmen da dualidade. Sou metade homem e metade cavalo; metade razão e metade instinto. E mais ainda: a metade homem é armada.
Durante quase toda minha vida, a metade homem imperou, porque sempre tentei ser uma pessoa racional, equilibrada. Até demais. Mas o cavalo estava inquieto lá dentro, andando de um lado pra outro, bufando, impaciente. Até que não mais se conteve e entrou em luta armada com o homem. Quiron iniciou sua caminhada....
Dessa guerra, saiu vencedor o cavalo, temporariamente. Ao homem foi dado o descanso, o tempo de se recuperar e cuidar de suas feridas.
De qualquer forma, consegui entender alguns porquês:
* porque eu não me contento com o que tenho material, emocional, espiritualmente falando;
* porque sou quase induzida ao coma pela mesmice, com o marasmo e a monotonia;
* porque fico a ponto de morrer com qualquer tipo de relacionamento (familiar, amoroso, espiritual) que me aprisione;
* porque não tenho razão de ser longe do místico, do espiritual e do inexplicável....
Veremos no próximo embate se finalmente homem e cavalo conseguem se harmonizar.
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"Sagitário é o signo cujo símbolo é a união dos três planos da existência: o Plano animal, representado pelo corpo do cavalo, o Plano racional ou mental, simbolizado pelo cavaleiro humano e o Plano espiritual e consciente, representado pelo arco e flecha que o centauro usa, na busca de alcançar sua "estrela". É o simbolismo da procura de um sentido último para a existência humana. A busca da sabedoria. Sagitário é a compreensão de uma ampla abertura para o universo de todas as nossas potencialidades. É o símbolo da coesão e da unificação, a síntese da união do terrestre e o celeste, do real e do ideal, do inconsciente e o consciente, do instintivo e do racional, da matéria e do espírito, do humano e do Divino.(http://portodoceu.terra.com.br/signos/signos-09b.asp)
O signo de Sagitário é representado pela figura mitológica do centauro, cujo corpo tem a parte inferior do cavalo e a parte superior do homem. É a nossa parte terrestre e a nossa parte celeste. É preciso caminhar com os pés, pensar com a cabeça e agir com o coração. É uma figura de sublimação: um centauro com as quatro patas no chão e seu arco-flecha se erguendo diante do céu, orienta-se em direção às estrelas, ao alto e ao centro. É a direção da transcendência que é toda independência da consciência humana.
O centauro, metade homem, metade cavalo, representa a sua dualidade, sendo, ao mesmo tempo, a união do aspecto humano - da força instintiva e animal - com a força racional e mental, em busca do espiritual. A parte animal reunindo os instintos mais bestiais, violentos, lúbricos e a parte racional, reunindo todo o poder dos questionamentos , decisões e desejos em busca do mais alto poder espiritual. EssO Simbolismo é rica de ensinamentos: para chegar a verdadeira sabedoria, o homem deve compreender e assumir os aspectos carnais, materiais, racionais e transcendentes do seu ser.
A palavra Sagitário provém do latim sagittarius, que significa "arqueiro". O Sagitário é também o arqueiro que aponta seu arco e flecha para um alvo alto e distante, que nos remete para uma longa viagem: a sabedoria.
Em analogia, poderíamos dizer que o sagitariano é um grande idealista, cujo pensamento, simbolizado pela flecha, se eleva ao infinito em busca de conhecimento. A flecha simboliza a evolução espiritual depois da transformação interior. É um impulso, uma expansão sem fim, em vista de uma integração suprema com a energia universal. O impulso de se ultrapassar: dos instintos à razão, da razão à compreensão. A flecha é a representação de uma meta, uma abertura ao universo, a elevação dos planos terrestres e celestes, humanos e divinos.
A flecha lançada pelo arqueiro visa o céu. A flecha é o que voa. O vôo em busca da sabedoria. Sagitário nos dá a compreensão deste vôo. O homem necessita sair de si. Necessita sair do seu cotidiano, se elevar. É com o vôo que atingimos o que de mais alto desejamos. É no alto que verificamos como o mundo é "pequenino". Sagitário nos dá a compreensão de que não é necessário ser só um homem grande mais um grande homem, um homem sábio"
"Quiron -
Conhecido como o mais justo dos centauros, como o educador modelo ou ainda como o médico ferido, Quirão nasceu da união de Crono com a oceânica Fílira. A narrativa grega afirma que Crono, temendo represálias da esposa Réia, uniu-se a Fílira sob a forma de cavalo, o que levou Quirão a nascer com o corpo de um eqüino e com cabeça de homem. Por ser filho de Crono, Quirão pertencia a família divina de Zeus e era imortal, ao contrário dos outros centauros, que eram selvagens e violentos.
Quirão vivia numa gruta, em companhia da mãe, e tinha saber enciclopédico, o que fazia dele um mestre das artes, da guerra e da caça, da mântica (arte divinatória), da equitação, da música e da ética. Foi o educador de muitos "jovens históricos" e heróis míticos, que eram treinados pelo grande mestre nos ritos iniciáticos. Os melhores tinham o direito de participarem na vida política, social e religiosa da pólis. Aos heróis, os ritos iniciáticos incorporavam a indispensável força espiritual para enfrentar quaisquer tipos de monstros. Foram seus discípulos Jasão, Asclépio, Peleu, Aquiles, os Dióscuros Castor e Pólux, entre outros.
É sobretudo na medicina que o benfazejo centauro se destaca. A mitologia grega conta que Quirão cuidava dos pacientes com zelo e compaixão, curando seus males e feridas.
Conta-se que Quirão foi ferido acidentalmente por uma flecha envenenada, disparada por Hércules e dirigida ao centauro Élato. O projétil varou o coração do último e depois atingiu Quirão.
Recolhido à sua gruta, Quirão tentou, com todos os ungüentos, sarar a ferida, mas foi em vão. O ferimento era realmente incurável e o centauro desejou morrer, mas não conseguia, porque era imortal. Por ser um médico ferido, dizia-se que Quirão entendia o sofrimento de seus pacientes.
Para livrar-se da dor permanente e da ferida incurável, Quirão aceita trocar sua imortabilidade com o mortal Prometeu e pôde finalmente descansar. Então, foi catasterizado na constelação de Sagitário, simbolizando o vôo da flecha, que através do conhecimento se ultrapassa e se transforma de ser animal em espiritual".
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